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sexta-feira, 17 de junho de 2011

SENTIDOS DE LUZ! - Jô Mendonça Alcoforado

Quando o sol aparece, ao amanhecer, clareando as idéias; quando o sol brilha, revelando a cor da minha pele dourada; quando o sol vai subindo, enlevo os meus pensamentos. Quando o sol queima, sinto-me desmanchar como manteiga e escorrer desenhando na areia. Quando ele ilumina os meus cabelos, eles se tornam vermelhos e quentes, eletrizando-se e enroscando-se uns nos outros, esquentando os meus sentidos. Quando olho para ele, o meu coração incendeia, os meus olhos se encandeiam, e seus raios refletem em minha íris como um espelho num sol ardente de várias cores, soltando faíscas, luzes, acariciando os meus olhos que variam entre negros, marrons, amarelo-mel e dourados. Uma cor de maçã amadurecendo aparece em meu rosto, deixando-o rubro, dando-lhe um toque de bronzeado. Minha boca, antes rosada, agora queimando de amor, mostra-se vermelha como um batom, esperando um afago sedutor de alguém que está distante. Sangrando, nasce toda palavra que emerge dos meus lábios atiçando os meus sentidos. Entrego-me às emoções da natureza. O senhor sol vem cedinho abrindo a manhã e vai-se embora à tardinha para clarear e reaparecer na beleza da lua ao anoitecer. Num grande palco assistimos ao espetáculo do nascer do dia e da noite: É o começo e o fim, é morrer e nascer novamente. Nascer para morrer e morrer para nascer! Renascimento do dia, dos pensamentos, dos sentimentos, da loucura que é saber viver a vida, com o que ela pode nos oferecer. O amor que sinto está presente em tudo e o meu amor deve estar me esperando, ou vem de algum lugar. Tudo isso, arrepia-me e eleva-me ao extremo e puro prazer de amar e de viver!

15 comentários:

  1. Por mim, é mais viável reescrever todo o texto, cortar os "quandos" e "quais", transformar metade das frases tornando-as imagéticas (o que se consegue com uma simples "bagunça" predicado/sujeito), e aí sim, fica publicável.

    No momento minha resposta é Não.

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  2. Não gostei. Muito primário. Óbvio demais.
    Minha resposta também é não, se é que posso votar.

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  3. tá fraco, mas não está tão abaixo dos abaixo
    que alguns aprovaram

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  4. Felix,
    Decidi enviar o texto, mas confesso que esperava pensamentos de criticas que acho que podem ser construtivas. Procurei mexer pouco para não perder o sentido livre do que escrevi. E quando começo a mexer vira outro texto, perde a essência principal do momento de inspiração. Decidi corrigir alguns pontos e fazer pequenas modificações, por já ter sido analisado por três estudiosos em literatura poética. E você Felix, professor também, e bastante critico, alertou-me para pontos que retiro e acato. O interessante da licença poética faz com que me permita e autoriza a escrever conforme minha arte se insurge como proposta individual de expressão. Na arte poética ou na prosa-poética, a linguagem do cotidiano é muito comum, e às vezes, soa muito melhor que a linguagem formal. Tudo depende do que se deseja passar por meio do poema.
    Esse poema foi corrigido por três doutores estudiosos em literatura poética de universidades que solicitei suas sugestões e correções. Tomei o cuidado solicitado pelo grupo e encaminhei o texto. Na opinião dos especialistas, um de cada estado diferente, o poema-prosa é muito imagético, surreal, merecendo inclusive, (talvez, quem sabe?) umas belas ilustrações com as sugestões de cores e metamorfoses. A liberdade poética me concede “poderes” para expressar minha poesia. Por isso o enviei com imagens do lindo nascer do sol que reina sozinho despertando os meus sentidos.
    Agradeço a pertinência das mudanças.

    Cyelle,
    Meus textos são claros e não obscuros e esse traço faz parte de minha poesia e estilo próprio. Não espero e nem tenho pretensão de agradar a todos.

    Concordo com o Joedson em seu comentário.
    Boa Noite a todos!

    Segue o texto com as modificações.

    SENTIDOS DE LUZ!
    Quando o sol aparece, ao amanhecer, clareando as idéias; vejo o sol brilhar, revelando a cor da minha pele dourada; o sol vai subindo, enlevo os meus pensamentos. O sol queima, sinto-me desmanchar como manteiga, escorrendo e desenhando na areia. Ascendendo ilumina os meus cabelos, que se tornam vermelhos e quentes, eletrizando-se e enroscando-se uns nos outros, esquentando os meus sentidos. Meu olhar pousa suave embevecido, o meu coração incendeia, os olhos se encandeiam. Seus raios refletem em minha íris como um espelho de um sol ardente com várias cores, soltando faíscas, luzes, acariciando os meus olhos que variam entre negros, marrons, amarelo-mel e dourados. Uma cor de maçã amadurecendo aparece em meu rosto, deixando-o rubro, dando-lhe um toque de bronzeado. Minha boca, antes rosada, agora queimando de amor, mostra-se vermelha como um batom, esperando um afago sedutor de alguém que está distante. Sangrando, nasce toda palavra que emerge dos meus lábios atiçando os meus sentidos. Entrego-me às emoções da natureza. O senhor sol vem cedinho abrindo a manhã e vai-se embora à tardinha para clarear e reaparecer na beleza da lua ao anoitecer. No grande palco celeste assistimos ao espetáculo do nascer do dia e da noite: É o começo e o fim, é morrer e nascer novamente. Nascer para morrer e morrer para nascer! Renascimento do dia, pensamentos, sentimentos, da loucura que é saber viver a vida, com o que ela pode nos oferecer. O amor que sinto está presente em tudo e o meu amor deve estar me esperando, ou vem de algum lugar. Tudo isso, arrepia-me e eleva-me ao extremo e puro prazer de amar e de viver!

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  5. Com disse Cyele, óbvio demais. Também não gostei. Por mim, não passa.
    Cyelle pode votar. vc, eu, félix e Beto somos do conselho. O que não impede de outros membros também opinarem.

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  6. Rapaz, os doutores examinaram com muita pressa, acredito. Jô, vai por mim, inspiração sem transpiração não rola.

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  7. Caro Wander, os doutores examinam bem, se nao em mandaria meus textos. Acredito na opiniao deles, doutores em literatura poetica e temos que respeitar opinioes, e se realmente voce nem teve alcançe e´ porque nem tem inspiraçao e nem transpiraçao e o resto pura implicancia. O texto mandei fazer revisao faz tempo, e as opinioes de todos sao validas quando acrescentam como a do Felix, que acho que entende um pouco, e nao dispenso a opiniao dos doutores, porque sabem e sao estudiosos no assunto e voce nao, escreve e precisa melhorar muito, sugiro exatamente isso, inspiraçao e transpiraçao a voce, essa minha opiniao.
    Portanto, se eles avaliaram meu texto e acharam bom, sem nem me conhecer, acredito neles e em mim. Mas nao obrigo voce a gostar, o direito e´todo seu. Estude prosa poetica para entender melhor e talvez voce sinta o significado do texto. Voce, ta fora do alcançe do que escrevi e cuidado com suas conclusoes precitadas fazendo suposiçoes levianas.

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  8. Jo: "e as opinioes de todos sao validas quando acrescentam como a do Felix, que acho que entende um pouco"

    Felix: "Jô, eu concordo com o Wander".

    Eu: rs.
    No mais, qdo eu for doutor eu comento entao (ta mais perto q longe). Realmente ainda tenho um caminho longo pela frente, mas ja aprendi a usar a cedilha.
    :*

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  9. Nem doutor eu não sou, e - pior! - sou o mais novo do grupo, mas pouts!... Se eu fosse do conselho, não passava.

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  10. Jô, o problema é o seguinte: do que li teu até aqui, tudo indica que, para você, literatura é tema e intimidade, quando, na verdade, tema e intimidade são somente mais dois dos recursos comuns à literatura.

    Poesia é, antes de tudo, construção, técnica. É ler e conhecer tão bem a poesia e os recursos a ela inerentes que sua construção (com qualidade) se faz quase que automaticamente. Claro que o poeta não se vale somente da técnica, mas o que não adomina não faz nada que seja superior auma reles declaração de amor de um adolescente de 13 anos.

    Significa que poesia não é repetição de formas (apesar de ser essencial dominar a forma), não é tema (muitos grandes escritores serviram-se de elementos "antipoéticos"), não é intimidade (90% da literatura passa longe de ser íntima).

    TODA FORMA DE ARTE É UMA FORMA DE SUBVERTER A PERCEPÇÃO. Se a Literatura é uma arte, logo, a literatura é uma forma de subverter algo.

    [continua]

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  11. [continuação]

    O que significa isso? Significa que um ilustrador, ao produzir um desenho, ele não segue as regras habituais que temos no sentido da visão, pois ele tem de traduzir o que vemos em um formato de dimensões, cores, formas e traços limitados. Mas é na limitação que ele encontra os espaços vazios para preencher e recriar a realidade, de dar ênfase àquilo que, mesmo vendo, não nos damos conta com a visão comum. O mesmo acontece com a música. Ouvimos sons o tempo inteiro, mas são sons comuns, banalizados. No momento em que este texto foi produzido, por exemplo, meus ouvidos captaram o dedilhar dos dedos no teclado, as folhas de papel esvoaçando, a chuva de vento caindo lá fora, a TV ligada com minha mãe assistindo no outro quarto, o motor e o vento do ventilador atrás de mim e os carros na rua fazendo passeata para mais um candidato, o latido dos Dálmatas do vizinho. A música consegue colocar tudo isso de forma controlada e de modo que podemos inclusive isolá-la dos barulhos restantes, subvertendo o sentido do banal auditivo. No caso da dança, temos o gestual. O tempo todo gesticulamos, nos comunicamos pelo corpo. Quase sempre nos movimentamos. O que a dança faz é apenas transformar isso num conjunto limitado de gestos e movimentos, de modo a criar uma linguagem cinestésica que não condiz com o comum, com o que fazemos no dia-a-dia.

    Poesia não é texto em verso, pois a este damos o nome de Poema, ela é a subversão da língua, é quebrar com seu uso comum e com suas regras cotidianas. A língua é também uma percepção do mundo. Quando você escreve, porém, não há uma nova percepção em sua poesia, mas velhas percepções, repetidas e repetidas, buscando apenas o bonitinho na poesia, e não sua realização estética, o que não faz de você uma artista, mas uma versejadora de coisas comuns.

    Por isso, Jô, digo que infelizmente seus textos não convencem os bons leitores porque falta neles uma percepção mais profunda, uma visão da poesia como subvertora da língua que passa por um processo bem mais amplo, o de gerar novas percepções. Por isso, Jô, digo aqui que, de acordo com esses elementos, não considero seus textos boa poesia, e muito menos poesia, pois falta-lhes propriamente o caráter subversivo.

    Obviamente, seus textos parecem-se muito com o que escrevi aos 15 anos, que hoje, quando releio, simplesmente gargalho diante de coisas tão mal-escritas. Mas eu tinha 15 anos, e foi a humildade de ouvir um "merda" de Milton, um "porcaria" de Arturo, um "congestionado" de Amador, ou mesmo um "que porra é isso" de Jairo e Marcello, que aprendi aos poucos a me moldar. Por isso não publiquei ainda, pois não me acho ainda acabado e, se o fizer, não será na França, mas onde pessoas próximas possam ler, não pq quero ser aplaudido, mas pq quero passar o que aprendi nessa trajetória pra eles futuramente.

    Espero que entenda que não digo essas coisas contra a sua pessoa, mas para que vc perceba quenão preciso ter as mesmas motivações que você, nem doutores laudando meus textos, pra saber se sou bom ou ruim, ou se realizei meus textos ou se escrevi porcaria. Eu me basto, mas preciso ter conhecimentos e critérios precisos, senão não terei nada para superar.

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  12. Não gostei, se eu fosse do conselho, não aprovaria também.

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  13. Queria dar RT nesses comments de Félix.

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