Cava a sepultura e
Enterra meus últimos versos
Aqueles dedicados ao amor derradeiro,
Minha ruína, Minha quimera.
Versos declamados
Em lamentos de agonia
À ela, Senhora das últimas horas,
Vestida de mantas negras.
A assombrar-me noite e dia.
Vê quanta dor,
Quanto sofrimento,
Tantas lágrimas derramadas,
Em meu leito de morte?
Ó Criatura indesejada,
Envolve-me em tuas vestes
Arranca de vez esta minha dor
E mostra-me o Paraíso.
Quiçá, a Terra prometida.
Ó Senhora,
Que meus versos
Sejam tua Glória, teu deslumbramento.
Meu fascínio, em teus braços.
Minha última hora.
Mirtes Waleska Sulpino
*Todos os direitos reservados ao autor
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