somente eu sou deus e não desejo nem deístas
que a ser deus eu desprezo aquele que deus não é
e a despeito dos deuses dagora inexistirem
sem precisar de dízimos nem donativos de dó
o orago me fala a fu que o filho bastardo
é somente um cu a cagar nos carolas
merda pra que te quero se não quero querência
é tantos sem tamanho e a temer ser único
por manha de se foder com meu falo no seu foba
mas sexo sem o sangue da saborosa carne
ninguém há de querer pra lhe curar o corte
é somente a palavra da pré-língua ao português
mais drástica e escabra que escreveram os escribas
com que se depara o poeta em sua profissão parteira
pra que o além laudatório em laudas sem ligadura
se arreganhe de bruços no seu buço babado
é tudo e todinho dos terreiros do erro
pra das coisas concretas não ser qualquer algum
é a lavra mais rara de raízes repetitivas
descalabrada e cara de crédito dos caretas
porque na vida lhe troam os tocadores de turba
em toda e qualquer parte que se parta prum porto
sem que se veja o som da silabação sagrada
que se dobra e se brada nos brechós de bruxeadas
a cintilante sombra da substância humana
é uma assombração de assomos amorfos
do espírito santo que sacode os sufis
está sob nossa sola no sidérico zênite
e sobe soberbamente por sobre as cabeças
pelo nadir nagual dos notários bisonhos
a divinizada sombra que é símia no sapiens
está de noite a bolar nos boatos das boates
ou em frígidos frágeis nas fofocas das igrejas
a materializar mundos de mantras e de rezas
é erro indiscutível e inculto um ilá
que os homens incautos a se inculcar ilusões
não se acertam a setas nas sandias suposições
acerca do insondável das idéias sem ideador
que não há homem vivo ou vivido ou vindouro
que conheça um divo ou druida ou dravídico
morto não há homem ou homo ou homúnculo
que conheça um deva ou danês ou daomeano
vivo mais se eu vivo sem venerar os deuses
eu gosto de contá-los tais contos da carocha
mortos mumificados nas mentes atrasadas
não podemos contar os quantos que continuam
vivos quantos vanir são veramente homens
mortos quantos dos manes são dos mântricos numes
e o não existir deuses é meu deus diarista
e meu credo non credo em criador antes de nós
e eu sou o meu deus que não dorme em dólmen
e eu sou o meu credo sem crenças criacionistas
que qual é o benefício dum bosteiro de brama
dividido em dois que divisos em milhões
de darsânicos devas e diabólicos asuras
e somados em ábacos da aritmética dos árias
são domados em domos tal dunas de capões
se vem a vaca e cava a cova cadavérica
da fome desses párias da puta que pariu
a doméstica maioria sem moradia em si mesma
que é comida no prato de preconceituosos porcos
na vitupérica vala dos vedas paquistaneses
que carcomem as carnes da casta heresia
contudo quem é que sabe se a sagrada seboseira
ou mesmo se importa se a indiana indigência
da genética gentalha que janta dos retalhos
é famélico furto dum faquir cafajeste
ou fruto enfeitiçado dês o éden hebreu
do meu cômico encômio e ecumênico ecúleo
sei só que os simples são de sabidos binômios
palavras da palavra que princípio lhes deu
e números do número que lhes negocia princípios
e foi o nosso início de inteira ignorância
e este intermédio de invenções e inventos
é um medíocre jin que por gênios foi gerado
todavia se vier o fim sem um fetiche final
será a inteligência e a insigne inteligência
será o homem enfim no êxito de extinguir-se
pra se tornar no torno um totem de negligência
como todos os tyrs me têm sido a mim
por serem de infantes a infinda influência
mas o alá do além não atenta ao finito
no seu sensual serralho de safadas huris
no seu harém venéreo de vagabundas virgens
do orgástico janá que do de javé é gêmeo
decorado por hafiz com restos de haxixe
de onde não se ouve nem orações nem gritos
nem os waswas sofridos de sacanagens sérias
qual é a relevância da radiante realidade
pro aleivoso-morto e mefítico mito
se essas suas mufíticas de medina medíocre
e aradas mentiras de miraj e miragem
de orgíacos oásis no orco do deserto
desbotam e botam em belas bagagens
as formas e as cores que caras não constituem
nem o caminho curto do curso do infinito
um lucífero buda de bundinha batida
apesar da adiposa que aparece no ocidente
não borra e não barra em borra de café
não côa e não aplaca em apliques de agulhas
a carmínica cólera e o cármico ódio
de sextilhões de sombras e serpentinas feras
que de biológicas-químicas e quiméricas cloacas
de furibundos manes e magistrados manus
manufaturam um mundo de múmias e babacas
mas o gênio imagina de intuitiva intelecção
que é menor na margem que o seu mundo interior
sem que mesmo assim se apresente anão
e o imbecil ignora por ilusória extuição
que é maior na mente que o mundo exterior
mas que ainda assim não se altiva aos outros
porquanto a sair de si o sábio sabichão
é somente as cinzas do cerebrino fogo
e o seu místico amor é ânimo arruinado
na dimensão diacrítica das divinizadas coisas
o sábio é sal-sol que cintila pro futuro
a luz que pelo sidéreo à sombra serpenteia
mas a sua celebridade pra ser sua não virá
e o seu cítrico ser de salinizar essências
de incontáveis furos é flagrante falência
os deuses desfrutam a destituir frutos
as suas vidas sem morte até mesmo em marte
de por tudo soer em sã sempiternidade
e tempo a perder o seu pó do nosso pó
sem nada de sofrimentos da suplicada sorte
e de humanas alegrias de ter algum alcorão
os homens empacam nos estados evoluídos
em teovias capengas nas comunas sem corte
com o litúrgico tudo de teocracias teerânicas
e o nada de maçã pro murmurante macaco
que ainda se assusta com as aladas eumênides
e lamenta pelos lêmures da linhagem das quengas
dos sofrimentos sacros de seitas e igrejas
e das alegrias alígeras de antros e tabernas
os deuses fabulosos nos fazem menos felizes
os deuses fabulosos nos fazem menos felizes
se a nossa felicidade não for dalguma fé
mas sim de vadiarmos sem velas pra visões
bastante distante dela e de seus dons e favores e mais tristes e trastes os tenebrosos deuses desejam nos tornar mais tenros ou mais tarde
se a nossa tristeza cínica não for de seita ou sé
mas sim de se dedicar a destruir doutrinas
e mandalas que mandam com seus murtis hipnóticos
nos mendigos mentais que se melam nas latrinas
Aprovado. Só acho um pouco granda para o blog.
ResponderExcluirJoedson, nao comentarei esse texto no blog, pois estou lendo Ode aos Deuses. Detesto spoiler. rsrsrsrs.
ResponderExcluirIdem, considero-o grande. Tá marcado para o dia 30, esqueci que tinha trocado com Thiago.
ResponderExcluirjá publiquei dois com o mesmo tamanho e tá dentro do que havia sido estipulado
ResponderExcluirGrande e complexo.
ResponderExcluirSe não soubéssemos a identidade de cada um aqui e seus respectivos estilos, os comentários seriam diferentes.
Cara crachá conta demais nesse grupo, mas é compreensível.