profanoração
pai nosso,
ora bolas
onde estás?
no céu ou
na boca
das velhas
carolas
ou te entocas
em vis pedestais?
santificado,
não sejas
poeta de
nome maldito
pois sopraste no barro as cerejas
mas deixaste o licor interdito
entretanto estas ervas que cheiras
entorpecem teu mundo de absinto
não te
metas no meu reino
nem me
peças, por capricho
o sacrifício de um filho
ou renúncia do recreio
que a terra
seja o céu
e teus
anjos
com trombetas
tocando anis
punhetas
guarneçam o
bordel
o pão nosso
é nossa sina
cada qual
procura o seu
e, por terem
uns mais que outros,
uns aos
outros assassinam
enquanto volves o rosto
nos largando neste breu
as ofensas
que empenhamos
ao final
compensaremos
com os
rombos do teu banco
só não queiras que durante
a feitura desta dívida
não caiamos aos montantes
nos prazeres da malícia
se assim
fizeres acordo
cumpriremos
nossa parte
sem alarde e
com decoro
assim seja
bem aqui
e no além
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.