EGOCENTRISMO
se parece estranho esta enormidade
não o é pra mim só se for pra vós
esta maravilha de planetas e sóis
ao meu redor em rede com a divindade
que tudo há desde que meu pai me pôs
aqui dizendo assim do nada antes de
faça-se a luz e me fiz de vaidade
que eu já existia e o resto veio depois
mas o quando eu for me preocupa às vezes
o que há irá pro apenas a palavra
e além de mim nem vírus nem deuses
mas logo me acalmo que tudo é nada
átomos galáxias latinos e gauleses
se eu não estiver mais por esta estrada
XADREZ
o espaço limitado nos possibilita
infinitos e o tempo para ao redor
do tabuleiro eterno e retorna só
pra alçar o bispo branco à rainha aflita
espero em silêncio que o som do suor
esbarra no campo de força da prevista
um peão se interpõe e posto eu não insista
perco uma casa e ganho um ódio em dor
o campo de batalha me hipnotiza e o tempo
me toma as têmporas e avança o algoz
agora veloz em cavalos ao vento
um erro atrás do outro em minutos após
horas irretocáveis e acuado e só tombo
ao ruidoso revés da realidade atroz
LUPUS EGO
a forma perfeita nem na ideia está
é sempre um acerto depois de seis erros
na luta contra tudo antes do enterro
pra que este não exista mas ele nunca falhará
é mister mirar no cerne do bezerro
não se anda um dia sem ter que matar
arrancar seu couro pra carne meu manjar
e eu poder por os que restam em ferros
minha marca ígnea no mundo arrefecida
profunda ferida na mente de poucos
pra em cicatriz o touro não voltar à vida
que era pela morte por um medo louco
de si mesma que ora de olhos homicidas
e nas mãos as moedas da venda dá o troco
se parece estranho esta enormidade
não o é pra mim só se for pra vós
esta maravilha de planetas e sóis
ao meu redor em rede com a divindade
que tudo há desde que meu pai me pôs
aqui dizendo assim do nada antes de
faça-se a luz e me fiz de vaidade
que eu já existia e o resto veio depois
mas o quando eu for me preocupa às vezes
o que há irá pro apenas a palavra
e além de mim nem vírus nem deuses
mas logo me acalmo que tudo é nada
átomos galáxias latinos e gauleses
se eu não estiver mais por esta estrada
XADREZ
o espaço limitado nos possibilita
infinitos e o tempo para ao redor
do tabuleiro eterno e retorna só
pra alçar o bispo branco à rainha aflita
espero em silêncio que o som do suor
esbarra no campo de força da prevista
um peão se interpõe e posto eu não insista
perco uma casa e ganho um ódio em dor
o campo de batalha me hipnotiza e o tempo
me toma as têmporas e avança o algoz
agora veloz em cavalos ao vento
um erro atrás do outro em minutos após
horas irretocáveis e acuado e só tombo
ao ruidoso revés da realidade atroz
LUPUS EGO
a forma perfeita nem na ideia está
é sempre um acerto depois de seis erros
na luta contra tudo antes do enterro
pra que este não exista mas ele nunca falhará
é mister mirar no cerne do bezerro
não se anda um dia sem ter que matar
arrancar seu couro pra carne meu manjar
e eu poder por os que restam em ferros
minha marca ígnea no mundo arrefecida
profunda ferida na mente de poucos
pra em cicatriz o touro não voltar à vida
que era pela morte por um medo louco
de si mesma que ora de olhos homicidas
e nas mãos as moedas da venda dá o troco